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14 setembro 2013

Um dia me Vingarei



Você me aparece, me apaixona, me enlouquece

Faz-me cair no seu laço e perder a razão
Exalta-me com elogios e finge me desejar
Com grande facilidade entra em meu coração
Penetra com furor no âmago de minha alma
Faz-me perder a cabeça e me deixa louco varrido
Me domina e me leva ao caminho do pecado
Depois me joga de lado como um traste esquecido
Segue em frente, esnobe, insinuante e orgulhosa
Como se nada de mal tivesse me causado
Sua intenção é prejudicar outro alguém
Usar e abusar com teu instinto malvado
Um dia encontrarás quem te passe uma rasteira
Deixe-te no chão inerte pagando pelo que fez
Pois quem planta o mal aqui mesmo colherá
Não tenha pressa, em breve chegará a sua vez
Não penses que és invicta, não sejas tão petulante
Quando menos se espera vem o jugo a condenar
E aí a casa cai, não há artiloso sagaz ou inteligente 
Para usar de artimanhas e as contas não pagar
Quando chegar este dia hei de lavar meu peito
Prazenteiro e sorridente ao mundo demonstrarei
Um dia atrás do outro muita coisa há de mudar
Não há quem aqui passe ileso, isto lhe afirmarei
Você não é a melhor, nem deve isto pensar
És feita de carne e osso, espera a morte chegar
Como todos os viventes da regra não vai fugir
A beleza não impede das vermes lhe devorar
Com alguns dias seu corpo tão sensual se desfaz
Virão as vermes famintas, sua carne saborear
Vai beleza, vai fortuna, tudo pra o mesmo lugar
Porém, as suas ações serão julgadas por lá
Não há mais choro nem vela e só você pagará
Arrependimento tarde não salvará ninguém
Nem venha pedir perdão, pois não te perdoarei
Lá não é como aqui que só vale o que se tem
Hei de te ver chorando aos meus pés ajoelhada
Te olharei de esgueio como quem não quer querendo
E sorrateiro me afasto procurando me vingar
Cheio de não me toques fingirei não estar vendo.



MARIA AGLAIDE NEVES
26/10/2012

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