Soneto da Infidelidade - Loveblog

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25 novembro 2013

Soneto da Infidelidade


De tudo, a quem me queira, retirarei acalento, Antes, e com tal gelo, e sempre e tanto 
Quem mesmo em face do menor encanto, Dele se esvaia o meu pensamento 

Quero esquecê-lo em cada vão momento 
E com desprezo, espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ainda que ele esteja em sofrimento 

Assim, quando mais tarde me procures, Quem sabe a sorte, amiga de quem joga Quem sabe a solidão, fim de uma noite 

Eu possa me dizer de quem (eu "tive") 
Que não seja imortal (posto que é droga) 
Mas que seja finito enquanto eu não ame 

Paulo Ricardo Zargolin

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